"As vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois, eu fico aqui sonhando acordado.."
As vezes, nos sentimos sozinhos, as vezes não sabemos bem o porquê, mas muitas das vezes, estamos certos de que é o que lhe faz falta está bem a frente de seus olhos, normalmente, não literalmente, mas seu coração sabe o que naquele momento você precisa!
» Lobo: Lobo ou lobo-cinzento (Canis lupus) é o maior membro selvagem da família canidae. É um sobrevivente da Era do Gelo originário durante o Pleistoceno Superior, cerca de 300 mil anos atrás. O sequenciamento de DNA e estudos genéticos reafirmam que o lobo cinzento tem uma ancestralidade comum com o cão doméstico. Eles são capazes de percorrer várias longas distâncias a cerca de 10 km/h e são conhecidos por atingir velocidades próximas a 65 km/h durante uma perseguição.
Talvez para muitos essa é uma das postagens mais sem nexo que eu já fiz dentre todos os meus anos como blogueiro, pelo menos para aqueles que acompanharam meus antigos blogs e são visitantes assíduos deste. Aos visitantes que estão acessando pela primeira vez, recomendo que me entendam inicialmente por outras postagens!
Hoje, eu estou me sentindo como um coelho, sou apaixonado por coelhos e por lobos, é minha grande paixão do mundo animal, além dos cães.
Hoje eu sou um coelho, alvo de um predador, relacionaria fácil esse predador aos próprios sentimentos que esse coelho, que sou eu, está sentindo. Em meio a um campo, belo, verde, cheio de luz e bem próximo a esse campo, uma plantação com girassóis dos maiores e mais vívidos já vistos! Não sei pra onde vou, os girassóis me chamam atenção, mas há também um bosque, do outro lado do campo, tudo o que eu sei é que existe uma outra espécie de animal nesse bosque, olhos vívidos e um pelo que se parecia extremamente reconfortante.
Lá, tinha um lobo, forte, rápido e ágil, inteligente, sabia bem como se mover e o que fazer, na verdade era um filhote, um lobinho, não era mais rápido que eu, e provavelmente não tinha os olhos tão rápidos quanto os meus, mas seu olhar a espreita me observando me chamara atenção, curioso, tudo o que eu sabia é que eu deveria conhecer aquele ambiente, aquela natureza que eu desconhecia, me chamava atenção e lá estava eu, me aproximando do bosque para descobrir o que havia de tão especial naquele animal tão belo!
Fiquei a um metro do lobo, observei astuto, me movimentei tranquilamente e num salto, o lobo conseguiu me pegar, não deu uma mordida, não deu um arranhão, não me machucou e não fez com que eu me sentisse ameaçado, seu pelo era mesmo reconfortante e eu me via dentre seus braços, era lindo, uma experiência incrível, aos olhos da natureza, proibida. São e salvo, voltei para minha toca, próxima aos girassóis, não demorou, estive novamente com o lobo...
Com o tempo, esse lobinho me ensinava várias coisas, mas se passara um mês que eu conseguia ver o lobinho quase todos os dias e ele precisou partir, levou com ele sentimentos fortes meus, os humanos chamam de amor, ele vivia em um outro lugar, em um outro habitat melhor e mais agradável pra ele. Consegui por meio de uma amiga coruja manter contato com o lobinho, era incrível, eu não conseguia tirar meus pensamentos de sua imagem, de sua voz, de suas palavras e do conforto e alegria que ele me passava. Passado um tempo, ele retornou, ficou por mais um bom tempo e a partir daí eu já não queria mais estar sem o lobinho por perto, visitei ele por muito tempo, cerca de um ano sem perder contato com o lobinho, eu o entregava todas as minhas cenouras e meu amor e eu fazia isso com tanta felicidade, e estando com ele, eu me sentia seguro, outros animais naturalmente predadores me respeitavam porque sempre se lembravam de que eu tinha um protetor, um lobo, forte e feroz pra me defender.
Tivemos alguns problemas, aquilo era um relacionamento dos estranhos, dos não casuais, dos que todos do meu habitat estranhavam, mas no habitat dele, nada importava, porém, eu não conseguia assimilar isso, acabei faltando pro lobinho, em relação a isso e na verdade, em relação a muitas coisas relacionadas ou não a isso!
Um dia, tudo já estava se desfocando, meu amor já era mais grande que minha razão, digamos que o lobinho sentia o mesmo por mim, mas ambos nos machucavam porque eu me sentia inseguro, a qualquer momento, aquele lobo forte e grande, poderia me deixar e apenas isso sondava minha cabeça, eu não tinha mais controle sobre esses pensamentos. Me sentia triste, me sentia desamparado, sozinho e acabava compartilhando com o lobinho, tirando sua paz e sua quietude que ele tinha com relação a seu amor por mim.
Minha inquietude estragou tudo! Possessivo e sem controle do que sentia, montei inconscientemente um padrão de tempo que despertava meus sentimentos ruins, me transformando em um coelho cheio de coisas ruins que sempre, mais cedo ou mais tarde, respeitando o tal "padrão" voltava.
Aquilo machucou o lobinho, as cicatrizes do lobinho me afetaram e num determinado momento, chegou o fim, o lobinho já não queria mais tudo aquilo, ele se preocupava com meu bem estar, se preocupava se eu estava bem ou não e claro, se preocupava com ele mesmo, ele não queria mais ser machucado e nem me machucar, e daquela forma, tudo se acabara!
Agora sou um coelho sem proteção, mas com esperança, meu campo não é mais tão verde e cheio de luz, os girassóis perderam a força, murcharam, o bosque era só escuridão e em mim, sobrara o medo. Quisera eu poder lutar, mas preciso respeitar o lobinho, atravessaria todo o bosque para vê-lo novamente, mas até mesmo meu coração me pede calma. Está tudo recente, mas tudo desmoronado, voltei pra minha toca, agora com medo de nunca mais sentir o pelo do lobinho, agora com medo de nunca mais se sentir seguro, agora com medo de não conseguir voltar a ter a alegria que só o lobinho conseguia em mim despertar.
Agora, com medo..
0 desenganos expressados (comentários):
Postar um comentário